Desde setembro de 2007, o deputado federal trocou o PT pelo PDT e passa por um processo de cassação
Por Ana Karina
Entre petições judiciais e adiamentos parlamentares, o deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT) sofre com o processo de cassação por infidelidade partidária desde setembro de 2007. O julgamento, suspenso desde maio de 2008, pode ser retomado hoje na sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dois meses depois de Paulo Rubem ter trocado o PT pelo PDT, o Partido dos Trabalhadores decidiu solicitar na justiça o mandato do deputado. Após trocar a legenda, o pedetista fez várias críticas ao antigo partido e foi contra o chamado “mensalão”, desvio de verbas públicas comandado pelo empresário Marcos Valério. Este escândalo faz parte da defesa de Paulo Rubem, que se diz injustiçado pelo PT estadual e nacional.
Os advogados de defesa do pedetista apresentam duas petições ao TSE. Na primeira, pedem reinício do julgamento, pois alegam mudanças de composição do tribunal. Na segunda, a suspensão do julgamento, porque o suplente do Partido dos Trabalhadores Fernando Nascimento, assumiu o mandato após a efetivação do deputado Sílvio Costa (PMN) no cargo com a eleição de Renildo Calheiros (PCdoB), como prefeito de Olinda.
Após várias reuniões dos partidos na esfera estadual e nacional, o presidente do partido Ricardo Berzoin (PT) deixa claro que a decisão de recuperar o mandato é uma decisão do diretório, portanto, não depende somente de um integrante do partido e sim do Partido dos Trabalhadores. Mas por causa de uma boa relação entre os integrantes do PT e Paulo Rubem, a sindicalista Vera Gomes, enviou uma carta a direção nacional da legenda pedindo a revisão do processo de cassação na esfera partidária. Caso o PT reveja a decisão, o TSE pode considerar nulo o processo. A próxima reunião do diretório está marcada para 7 de maio deste ano.